Capítulo 94
Bifes de vaca e batatas fritas. Um jantar super calórico, para celebrar a felicidade que irradiava do meu coração. A satisfação que sentia naquela noite era indescritível. Sentia-me especialmente bem e com vontade de celebrar a vida.
- Esmeraste-te hoje, filha - Disse o meu pai, servindo-se sofregamente.
- São só bifes e batatas! - Exclamei, rindo-me com prazer.
- Mesmo assim… sei que a minha filha cozinha qualquer coisa, especialmente bem!
- Obrigada. Huh, pai.
- Diz, filha.
- Sabes que eu e a Cassie… já fizemos as pazes?
- Ah! Bem me parecia que ela não tinha estado cá em casa por acaso! Fico feliz por ti, tu mereces - Felicitou-me, sorrindo carinhosamente.
- É... finalmente sinto que estou a organizar a minha vida! Sabes, por momentos pensei que já não podia sofrer mais, que não conseguia sair daquele buraco negro, acho que agora estou a tomar outro rumo!
- E agora o que tens a fazer é esquecer as águas passadas!
Sorri, mas de repente o meu sorriso transformou-se num forçado, provocado por uma dor aguda que me atacava as fontes da cabeça. Levei um copo com água à boca e tentei respirar fundo, mas a dor não passava por muitos goles que digerisse. Engasguei-me e devo ter ficado vermelha, porque o meu pai apercebeu-se e, preocupado, tentou ajudar-me:
- Estás bem, Mel?
- Estou - Murmurei, tentando recompor-me – engasguei-me… apenas.
“Eu vejo-te… Melody…”
Mais uma vez, uma voz suave embrenhou-se nos meus ouvidos, provocando-me um arrepio doloroso, que me vez mexer rapidamente.
- Estás esquisita!
- Eu estou bem… cansada, mas estou bem.
- Não devias estudar tanto! Isso dá-te cabo dos miolos. Olha, no meu tempo…
- Importas-te que vá lá para cima? – Interrompi – Estou um pouco cansada e quero dormir cedo.
- Não, mas... tens a certeza que estás bem?
Assenti com a cabeça e saí em passo apressado da cozinha. Não queria que o meu pai ficasse ainda mais preocupado do que já aparentava estar. E não, eu não estava nada bem.
* * *
“Este é o dia que será marcante para toda a cidade de Fort Sim! Mais de cem mil adeptos convergem, neste momento, neste estádio, para apoiar a sua equipa: Lamas ou Corças? Iremos ver, neste quarto Torneio Inter-Cidades, quem será o Campeão da Taça! Fiquem ligados para mais informações, para este dia histórico!”
* * *
- OK, pessoal… Este, provavelmente, será o dia mais importante para a nossa equipa. Porquê, perguntam vocês? Porque é neste Torneio que iremos fazer História no Rugby! Façam o que for preciso para ganhar! Mantenham a bola na vossa posse! Sejam fortes! Nós vamos ganhar isto!
Os gritos graves de “Hurra” ecoaram pelo balneário adentro. O jogo estava prestes a começar. Tínhamos tudo o que era preciso para ganhar, e eu estava mais determinado do que nunca, para não deixar a minha equipa mal.
Força, Lamas!
* * *
- Que achas que leve? Esta camisola, ou esta? – A Cassie estava extremamente indecisa, o que começava a irritar-me.
- Ficam-te as duas bem, leva qualquer uma!
- Meninas, então? Despachem-se! – Apressou-nos o pai lá de baixo - Senão não tenho lugar para estacionar o carro!
- Já vamos pai! Mais dez minutos!
- Mulheres…
- Eu ouvi isso! – Exclamei.
Estava um tanto ou quanto nervosa naquele momento, e não pelo Torneio. Sentia uma agonia tremenda a apertar-me o peito que mal conseguia estar bem-disposta para aquele dia tão especial.
- Continuo a achar que estás mal encarada… - disse a Cassie, embora eu não tivesse ouvido nada – E agora lunática! Hei! Melody! ACORDA!
- Diz?
- “Diz”? Estou aqui a ter uma crise de adolescente e tudo dizes “diz”?
- Desculpa… “Crise de Adolescente”? Cassie despacha-te, eu vou estar lá em baixo antes que o meu pai entre em combustão.
- Vai, vai…
As expectativas para aquele dia, em relação ao jogo do Jake, eram altíssimas, mas em relação a mim mesma, eram demasiado baixas. Sentia que algo ia acontecer, algo que, definitivamente, não iria ser bom. Mas não queria ser vencida pelo pessimismo que estava a tomar conta do meu coração naquele dia, e queria aproveitar aquele dia, e esquecer todos os meus problemas.
Passados cinco minutos, a Cassie desceu, exactamente igual ao que estava anteriormente:
- Pronto, decidi não levar nada… vou com esta, ninguém vai notar.
- Óptimo, podemos ir embora? – Inquiriu o pai, impaciente para ir assistir ao torneio.
- Desculpem, fi-los esperar! – Lamentou a Cassie.
- Não faz mal. Anda.
* * *
* * *
Fiquei a olhar para o horizonte, como se uma força magnética me atraísse para a imensidão do céu.
- Então? Entra! – Apressou-me o meu pai.
Isto começa-me a assustar e sinceramente ja pensei em muita cousas mas agora com esta frase a ideia originarl mantei-se na minha cabeça! espro ver até onde nos levas.
Adorei como sempre, a espera é que ... é terrivel!
TENS DE CONTINUAR!
Está lindo, maravilhoso! Adorei a maneira como conseguiste transmitir a determinação do Jake, estava brutal! Mas a Mel anda estranha, e estou a ficar preocupado com o que venha aí... :S
Mas mesmo assim, está brutal!
Espero por maissss!
OK eu estou como o Diogo tenho imensas teorias, mas um delas é masi forte que as outras mas não posso dizer hehehehe
Sera que vai dar uma crise à Melody a meio do jogo? Peço a todos os deuses para que nao aconteça nada de mal...