Capítulo 95
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“Este estádio enche-se progressivamente, não apenas por adeptos e fãs, mas também pelos mais prestigiados treinadores das mais célebres equipas de Rugby, todos eles, convergidos num só jogo, o jogo que será decisivo para estas duas equipas! Lamas e Corças! Quem ganhará a taça? Quem será o campeão deste quarto torneio? Estamos cada vez mais perto da hora do jogo decisivo, que nos dará a resposta!”
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O ambiente que envolvia o estádio era contagiante. Á medida que íamos subindo as escadas, numa tentativa desesperada de encontrar os nossos lugares, fui-me apercebendo do quão fiéis eram os adeptos dos "Lamas". Uns usavam bonés azuis e vermelhos, outros vestiam t-shirts com LAMAS escrito em letras garrafais e alguns exibiam bandeirolas e cartazes. Havia pessoas com grandes caixas de cartão cheias de pipocas, crianças com chupa-chupas gigantes e jovens a falarem alto.
A alegria pairava no ar e a felicidade patente naqueles rostos contagiou-me com rapidez. Um rapaz ruivo ofereceu-me um crachá dos “Lamas”, que eu pus ao peito com orgulho, e uma rapariga de cerca de quinze anos mostrou-me, feliz, o cartaz que fizera, com a cara do Jake estampada e um grande coração. Fingi que gostara da ideia, mas na verdade o que mais me apetecia era rasgar aquele cartaz em milhentos pedacinhos, e prendê-los nos caracóis desalinhados da rapariga.
Encontramos os nossos lugares mais rápido do que eu esperava. E fiquei realmente agradada. Os lugares eram fantásticos: não eram muito em baixo, nem muito em cima, conseguindo uma vista óptima para o campo. Perto de nós existia um holofote, que projectava luz para o campo dando-nos um campo de visão espectacular. E para completar o cenário, as colunas estavam suficientemente longe para evitar que ficássemos surdos, e perto o suficiente para ouvirmos e percebermos com clareza o que o locutor dizia.
Só me restava fazer uma coisa. Apoiar o Jake com todas as minhas forças.
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Aquela tarde estava dourada como o ouro, típica do Outono, que se ia transformando gradualmente no Inverno.
Dirigi-me aos portões forjados do cemitério. Estava deserto e silencioso. Já não ia lá há bastante tempo, e quase não me lembrava de como era arrepiante estar naquele lugar tão solitário.
Havia neblina por todo lado, com apenas alguns centímetros visíveis acima do chão.
Dirigi-me à terceira lápide a contar da entrada, e ajoelhei-me diante dela, tocando na pedra húmida manchada de líquenes. Uma lágrima escorreu-me do meu olho, depois outra e mais outra…
As saudades que sentia da minha mãe eram incontroláveis, queria, mais do que nunca, que ela estivesse ali, ao meu lado, para me dar apoio e consolar naquele momento tão difícil da minha vida.
Adoro-te… mãe…
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Lamas: 1
Corças: 0
Apenas nos primeiros vinte minutos do jogo, os Lamas mostraram a sua força e garra neste torneio, mas será que essa força vai durar?
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A minha cabeça ardia, embora estivesse frio e sentia o corpo dormente e sem forças, já para não falar das dores constantes e agudas que tinha na cabeça. Por isso, o que não me faltou foi razões para ir lá fora apanhar ar, durante o intervalo.
O meu pai e a Cassie insistiram em vir comigo, pois começaram a ficar preocupados, o que eu não queria.
- Eu estou bem, já disse! Dói-me a cabeça…
- Desde ontem à noite! – Exclamou o pai.
- A sério senhor George? – Perguntou a Cassie.
- Sim, ontem à noite até foi mais cedo para a cama! Tu não estás bem, Melody!
“Melody… vem…”
- O quê? – Indaguei.
- Disse que…
- Não! Esta voz…
- Que voz? – Perguntou, agudamente, a Cassie.
- Não paro de a ouvir…
“Melody…”
De repente, a voz suave e meiga que se infiltrava nos meus ouvidos, transformou-se num grito sofredor e tortuoso, assim como a dor se intensificou, deixando-me sem forças, quase nulas.
Gemi, sofredoramente, enquanto me agachava, fechando os olhos com força, com as mãos nas fontes da cabeça.
- HAAA! MELODY! – Gritou a Cassie, muito preocupada, juntamente com o pai.
A dor era incessável e os meus gemidos abafavam os gritos da Cassie e a respiração acelerada do meu pai, ambos à minha volta.
Aquela dor quase que me fazia implorar o alívio. Não conseguia abrir os olhos, parecia que o sol me feria a vista. Não conseguia pôr-me de pé, pois, tinha medo que as minhas pernas fraquejassem, ou que simplesmente se desfizessem de tão fracas que estavam. E a voz não cessava:
“MELODY! MELODY! MEEEEELOODY!”
Uma vez agressiva, outra afligida e até fraca. Não conseguia arranjar uma maneira de me livrar daquela tortura, o meu pai e a Cassie à minha volta.
De repente, quando pensava que nada podia piorar, deixei de sentir o meu próprio corpo. Deixei de ouvir o que me diziam ou tentavam dizer. Deixei de ver uma imagem nítida do meu pai e da Cassie, mas sim um espectro de luz branca a inundar-me os olhos.
O chão parecia que se desfazia debaixo dos meus pés, assim como o estádio, a estrada, e as casas à volta. Tudo se parecia desmoronar à minha volta, como se tudo estivesse a ser sugado para o interior da terra.
Fechei os olhos com todas as minhas forças… e quando os abri, nada voltou a ser o mesmo…
Não acredito que acabou assim!
Bem, eu adorei mesmo, amei e ainda por cima ouvi toda a historia com uma instrumental linda para a ocasião!
CONTINUA E FORÇA MELODY!
Continua Tudy, estou aqui á espera de mais.
EU SABIA EU SABIA EU SABIA!!!!!!!!!!! Eu sabia que ia acontecer isto à Melody só podia! Deixaste demasiadas pistas pá...
Mas mesmo assim surpreendeu-me porque puseste o davezinho fofinho no meio... ª.ª xD
A cara da Cassie na penultima foto AHAHAHAHAHHAHAHAHAHAHAHHA parece um peixe...
ADOREEEIIII!
YAUH!
O Episódio estava tãããããão bem escritoo! A descrição da mel a... a... bem, coise, tava-lhe a dar um treco, mas como não sei bem o que foi, prontos, fica assim xD
A sério, quero mais capíiiitulos! u_________u