Capítulo 25
- Bem, não sabia que ela tinha mudado assim tanto… - Disse o Jake. – Será que ela algum dia vai acordar dessa ilusão?
- Não sei… mas duvido. Ela já não vai mudar…
Nesse momento, ao longe, avistei os amigos do Dave, a passarem a bola de Rugby uns aos outros. O Jake, em vez de ir ter com eles, apenas se limitou a acenar-lhes sorrindo, e permaneceu ao pé de mim.
- Não vais ter com eles? – Perguntei.
- Bem… se eles cá vierem ter, tudo bem. Mas eu convidei-te para estares aqui portanto… não faria sentido deixar-te sozinha.
Uma atitude notável, por parte do Jake. Fiquei bastante impressionada. Mas os amigos do Jake vieram ter connosco dizendo algumas piadas de mau gosto, deixando-me um pouco incomodada.
- Hei, Jake. Queres vir jogar? – Perguntou um dos amigos.
- Não… podem ir jogando. Eu depois vou ter com vocês.
- OK… oh! Não me apresentaste a tua namorada! – Exclamou o seu amigo no meio de risadas.
- Huh… eu não sou namorada dele…
- Pessoal… é melhor irem. – Disse o Jake com uma cara séria. – Desculpa lá isto. – Continuou sentando-se outra vez. – Eles são um pouco parvos.
- Não faz mal. Bem, é melhor ir andando. Já está a escurecer. – Disse eu levantando-me.
- Não queres ficar a assistir ao jogo?
- É melhor não… além disso, disse ao meu pai que estava em casa cedo.
- OK… então… vemo-nos na Escola.
- Sim… na Escola. Tchau.
Saí do campo enquanto o Jake se juntava aos seus amigos, que lhe davam palmadas nas costas e faziam aquelas brincadeiras típicas, para iniciarem um jogo de Rugby.
Pelo caminho, fui a pensar nas cartas que tenho recebido. Não fazia ideia de quem eram, mas tinham de ser de alguém com um grande coração. Eu consigo ver que aquelas cartas não são escritas por qualquer um. Foram escritas por alguém extremamente sentimental e sereno. Alguém que consiga escrever aquelas cartas tão lindas, mas que ao mesmo tempo me deixam intrigada e perturbada.
Espero que o que disse ao Jake sobre a Cassie fique só entre mim e ele. Não gosto que pensem que falo das pessoas nas costas. Mas desta vez foi inevitável. Não pude conter a tristeza que me dá ao vez uma rapariga, que outrora foi uma das minhas melhores amigas, mudar assim tanto… não por vontade mas sim por influência. Esta não é a Cassie que eu conheço.
Enquanto andava pela calçada a caminho de casa, fui apreciando a paisagem e sentindo o vento contra a minha face. Estava um fim de tarde ligeiramente frio, contudo, extremamente bonito. Apesar do frio ligeiro que se fazia sentir, o céu estava com uma cor de autêntico Verão. Alaranjado e sem nuvens.
Quando me aproximava de casa, já conseguia ver o meu pai a cuidar da sua Horta que só ele sabe o quão valiosa é.
- Olá filha. Não esperava que viesses tão cedo.
- Eu disse-te que vinha cedo. – Disse eu sentando-me à sombra de uma árvore do Quintal.
- Como correu esse passeio?
- Bem… O Jake é muito simpático.
- Ainda bem que te estás a relacionar bem com os teus colegas. Fico feliz por ti! – Disse o meu pai dando-me uma festa na cara.
O meu pai nem sabe o quanto está enganado, mas apenas me limitei a sorrir e a afirmar que me tinha integrado com facilidade.
E nesse momento comecei a sentir-me um pouco estranha. Tinha uma dor de cabeça enorme e comecei a sentir-me tonta. Não pude disfarçar a minha expressão de perturbada.
- Melody? Melody, está bem? – Perguntava o meu pai preocupado.
- Sim… estou bem… - Disse eu com uma voz enrouquecida.
Aquela dor atacava-me a nuca alastrando-se por toda a cabeça deixando-me sem noção de onde estava.
Fechei os olhos e quando os voltei a abrir nem queria acreditar no que estava a ver, outra vez...
Vi uma mulher, numa imagem turva, com uns longos cabelos pretos, um vestido branco a arrastar pela relva acabada de regar do Quintal e os seus olhos iluminados com uma cor esverdeada.
Voltei a fechar os meus olhos e quando os voltei a abrir já lá não estava e apenas consegui ouvir a voz do meu pai com um tom preocupado perguntando se eu me sentia bem.
- Eu estou bem, pai. Só preciso de… descansar.
- Vai lá… eu chamo-te quando o jantar estiver pronto!
Entrei pela porta das traseiras e dirigi-me para a sala, onde me deitei no sofá. Desliguei a televisão, pois não estava com disposição para os noticiários e os comentários do jogo de Futebol daquela manhã.
Deixei-me cair na almofada do meu pai que tinha ficado ali quando muito provavelmente adormeceu e deixei-me levar pelo cansaço e má disposição caindo num sono profundo.
- Não sei… mas duvido. Ela já não vai mudar…
Nesse momento, ao longe, avistei os amigos do Dave, a passarem a bola de Rugby uns aos outros. O Jake, em vez de ir ter com eles, apenas se limitou a acenar-lhes sorrindo, e permaneceu ao pé de mim.
- Não vais ter com eles? – Perguntei.
- Bem… se eles cá vierem ter, tudo bem. Mas eu convidei-te para estares aqui portanto… não faria sentido deixar-te sozinha.
Uma atitude notável, por parte do Jake. Fiquei bastante impressionada. Mas os amigos do Jake vieram ter connosco dizendo algumas piadas de mau gosto, deixando-me um pouco incomodada.
- Hei, Jake. Queres vir jogar? – Perguntou um dos amigos.
- Não… podem ir jogando. Eu depois vou ter com vocês.
- OK… oh! Não me apresentaste a tua namorada! – Exclamou o seu amigo no meio de risadas.
- Huh… eu não sou namorada dele…
- Pessoal… é melhor irem. – Disse o Jake com uma cara séria. – Desculpa lá isto. – Continuou sentando-se outra vez. – Eles são um pouco parvos.
- Não faz mal. Bem, é melhor ir andando. Já está a escurecer. – Disse eu levantando-me.
- Não queres ficar a assistir ao jogo?
- É melhor não… além disso, disse ao meu pai que estava em casa cedo.
- OK… então… vemo-nos na Escola.
- Sim… na Escola. Tchau.
Saí do campo enquanto o Jake se juntava aos seus amigos, que lhe davam palmadas nas costas e faziam aquelas brincadeiras típicas, para iniciarem um jogo de Rugby.
Pelo caminho, fui a pensar nas cartas que tenho recebido. Não fazia ideia de quem eram, mas tinham de ser de alguém com um grande coração. Eu consigo ver que aquelas cartas não são escritas por qualquer um. Foram escritas por alguém extremamente sentimental e sereno. Alguém que consiga escrever aquelas cartas tão lindas, mas que ao mesmo tempo me deixam intrigada e perturbada.
Espero que o que disse ao Jake sobre a Cassie fique só entre mim e ele. Não gosto que pensem que falo das pessoas nas costas. Mas desta vez foi inevitável. Não pude conter a tristeza que me dá ao vez uma rapariga, que outrora foi uma das minhas melhores amigas, mudar assim tanto… não por vontade mas sim por influência. Esta não é a Cassie que eu conheço.
Enquanto andava pela calçada a caminho de casa, fui apreciando a paisagem e sentindo o vento contra a minha face. Estava um fim de tarde ligeiramente frio, contudo, extremamente bonito. Apesar do frio ligeiro que se fazia sentir, o céu estava com uma cor de autêntico Verão. Alaranjado e sem nuvens.
Quando me aproximava de casa, já conseguia ver o meu pai a cuidar da sua Horta que só ele sabe o quão valiosa é.
- Olá filha. Não esperava que viesses tão cedo.
- Eu disse-te que vinha cedo. – Disse eu sentando-me à sombra de uma árvore do Quintal.
- Como correu esse passeio?
- Bem… O Jake é muito simpático.
- Ainda bem que te estás a relacionar bem com os teus colegas. Fico feliz por ti! – Disse o meu pai dando-me uma festa na cara.
O meu pai nem sabe o quanto está enganado, mas apenas me limitei a sorrir e a afirmar que me tinha integrado com facilidade.
E nesse momento comecei a sentir-me um pouco estranha. Tinha uma dor de cabeça enorme e comecei a sentir-me tonta. Não pude disfarçar a minha expressão de perturbada.
- Melody? Melody, está bem? – Perguntava o meu pai preocupado.
- Sim… estou bem… - Disse eu com uma voz enrouquecida.
Aquela dor atacava-me a nuca alastrando-se por toda a cabeça deixando-me sem noção de onde estava.
Fechei os olhos e quando os voltei a abrir nem queria acreditar no que estava a ver, outra vez...
Vi uma mulher, numa imagem turva, com uns longos cabelos pretos, um vestido branco a arrastar pela relva acabada de regar do Quintal e os seus olhos iluminados com uma cor esverdeada.
Voltei a fechar os meus olhos e quando os voltei a abrir já lá não estava e apenas consegui ouvir a voz do meu pai com um tom preocupado perguntando se eu me sentia bem.
- Eu estou bem, pai. Só preciso de… descansar.
- Vai lá… eu chamo-te quando o jantar estiver pronto!
Entrei pela porta das traseiras e dirigi-me para a sala, onde me deitei no sofá. Desliguei a televisão, pois não estava com disposição para os noticiários e os comentários do jogo de Futebol daquela manhã.
Deixei-me cair na almofada do meu pai que tinha ficado ali quando muito provavelmente adormeceu e deixei-me levar pelo cansaço e má disposição caindo num sono profundo.