Capítulo 28
Ao longo do tempo, o dia foi-se tornando mais agradável. Consegui esquecer, por alguns momentos, aqueles problemas todos que me atordoam a cabeça, graças às benditas piadas do meu pai. Cheguei a rir-me bastante com ele, e, como não podia deixar de ser, notei novamente a sua nítida expressão de satisfação. Mas desta vez, uma expressão de satisfação por ver que me conseguiu alegrar um pouco, como se tivesse atingido um grande objectivo.
Mas rapidamente os meus risos e a minha cara alegre se transformaram numa expressão horrorizada. Ao longe, para lá das vedações do parque de diversões, vi um homem. E não um homem qualquer.
Estava trajado com uma longa túnica de um tecido castanho e áspero. Tinha um capuz enorme que lhe envolvia a sua cabeça tapando-lhe metade da testa. Uma face pálida e comprida, e uns olhos, semicerrados, extremamente assustadores, ligeiramente rasgados e com um tom verde-água, quase brancos, que olhavam fixamente para mim, proporcionando-me um intenso e inexplicável desconforto como se estivesse a ter mais uma daquelas visões ou pesadelos que costumo ter.
O meu coração disparou subitamente, suor começou a escorrer-me por toda a testa. Senti um forte arrepio a percorrer-me as entranhas deixando-me cada vez mais aterrorizada.
- Pai… podemos ir embora? – Perguntei eu com a voz levemente trémula enquanto olhava aterrorizadamente para o homem.
- Então? Não estás a gostar de estar aqui? Chegámos há apenas meia hora! – Retorquiu o meu pai.
- Sim… mas… Preciso de ir fazer uns trabalhos de casa e tenho de estudar para um muito provável teste surpresa do meu professor de Matemática.
- Ah… está bem. A escola em primeiro lugar, não é? Já agora… para onde estás a olhar?
Ao ouvir aquela pergunta, retirei o meu olhar, anteriormente fixo, do homem.
- Para lado nenhum… vamos?
Quando estávamos a caminho do carro olhei uma vez mais para trás para ver se aquele homem sinistro continuava a fixar-me, mas, quando olhei, já lá não estava.
Podem achar que é mais uma das minhas “alucinações”, mas estou convicta de que não era nenhuma visão. Foi real… infelizmente, muito real! O que me assusta bastante.
Durante o caminho para casa, senti que o meu pai olhava para mim algumas vezes. É evidente que não consegui esconder a minha expressão horrorizada que se prolongou por muito tempo desde que vi aquele homem. Os meus olhos estavam incrivelmente arregalados e as sobrancelhas visivelmente curvadas. Não pude esconder.
Cheguei a casa, e o meu pai disse-me logo que ia preparar o jantar, com um sorriso de orelha a orelha. Apenas me limitei a assentir subindo lentamente as escadas.
Cheguei ao meu quarto e sentei-me na cama, não retirando os meus olhos do chão de madeira clara do meu quarto. Descalcei-me, um pouco ofegante e sem forças, e deitei-me na diagonal, olhando agora para o meu candeeiro que projectava uma brilhante luz que se interceptava nos seus diferentes recortes criando desenhos luminosos no tecto. Cavalos, borboletas, flores… Formas variadas e bonitas… E claro, infantis. Precisava mesmo de arrumar o meu quarto. Retirar os brinquedos com que brincava quando era pequena que estavam espalhados aqui e ali: Bonecas, casinhas de brincar, jogos e peluches.
Pouco tempo depois, os meus pensamentos desvaneceram-se quando o meu pai me chamou para ver uma coisa na Televisão.
Desci as escadas e fui ter à sala ficando perplexa assim que olhei para a televisão. A Sarah estava num programa televisivo a ser entrevistada sobre “A sua vida como estudante normal”. Nem conseguia ouvir a quantidade de mentiras que ela disse.
“- Bem, Sarah Mello, imagino que tenha sido muito difícil deixar, temporariamente, a sua vida de Modelo Super Famosa de parte para começar uma nova vida como uma pessoa normal. Como se sente?
- Bem, por um lado sinto saudades da minha vida como Estrela, mas por outro gosto bastante de uma vida normal. Adoro os meus amados fãs que lá estudam, quer dizer… Colegas.
- Foi bem recebida pelos seus… huh… colegas?
- Sim. Claro! São amáveis e eles tratam-me bastante bem… tal como eu me mostro solidária e prestável para com eles! Estou sempre disposta a ajudá-los e integrar-me nos imensos clubes da escola, para ser o mais normal possível…
- Há duas semanas, saiu um artigo no jornal que relatava uma suposta relação amorosa entre si e o Capitão da Equita Tricampeã de Rugby: Os Lamas. Isso é verdade? E foi esse o motivo que a levou a ausentar-se da Escola?”
A Sarah tossicou, provavelmente para pensar numa resposta.
“- Bem… eu e o Jake amamo-nos muito! Temos uma género de telepatia, percebe? Desde o primeiro momento que nos vimos que ele não retirou o olhar de mim… Talvez porque sempre me mostro prestável para com todos os meus colegas, principalmente os que têm dificuldades de integração…
- E os seus pais? Como reagiram ao facto de querer ser uma rapariga normal?
- Bem, os meus pais sempre me apoiaram, seja em que decisão for. Desde pequena que recebo bastante carinho e apoio deles. Já para não falar da infância de sonho que tive… rodeada de amigas que vinham a minha casa conviver comigo.
- Bem, vamos para um curto intervalo, e voltaremos em breves instantes para desvendar mais da vida secreta da Modelo Super Famosa… Sarah Mello!”
Desliguei de imediato a televisão, saturada de ouvir aquelas barbaridades. Como é que a Sarah chegou a este ponto de futilidade? Como é que alguém vem para a Televisão falar da sua “Infância de Sonho”? Fiquei indignadíssima com a quantidade de mentiras que todo o mundo ouviu naquele momento. Mas afinal de contas… a Sarah está só s ser… a Sarah…
Mas rapidamente os meus risos e a minha cara alegre se transformaram numa expressão horrorizada. Ao longe, para lá das vedações do parque de diversões, vi um homem. E não um homem qualquer.
Estava trajado com uma longa túnica de um tecido castanho e áspero. Tinha um capuz enorme que lhe envolvia a sua cabeça tapando-lhe metade da testa. Uma face pálida e comprida, e uns olhos, semicerrados, extremamente assustadores, ligeiramente rasgados e com um tom verde-água, quase brancos, que olhavam fixamente para mim, proporcionando-me um intenso e inexplicável desconforto como se estivesse a ter mais uma daquelas visões ou pesadelos que costumo ter.
O meu coração disparou subitamente, suor começou a escorrer-me por toda a testa. Senti um forte arrepio a percorrer-me as entranhas deixando-me cada vez mais aterrorizada.
- Pai… podemos ir embora? – Perguntei eu com a voz levemente trémula enquanto olhava aterrorizadamente para o homem.
- Então? Não estás a gostar de estar aqui? Chegámos há apenas meia hora! – Retorquiu o meu pai.
- Sim… mas… Preciso de ir fazer uns trabalhos de casa e tenho de estudar para um muito provável teste surpresa do meu professor de Matemática.
- Ah… está bem. A escola em primeiro lugar, não é? Já agora… para onde estás a olhar?
Ao ouvir aquela pergunta, retirei o meu olhar, anteriormente fixo, do homem.
- Para lado nenhum… vamos?
Quando estávamos a caminho do carro olhei uma vez mais para trás para ver se aquele homem sinistro continuava a fixar-me, mas, quando olhei, já lá não estava.
Podem achar que é mais uma das minhas “alucinações”, mas estou convicta de que não era nenhuma visão. Foi real… infelizmente, muito real! O que me assusta bastante.
Durante o caminho para casa, senti que o meu pai olhava para mim algumas vezes. É evidente que não consegui esconder a minha expressão horrorizada que se prolongou por muito tempo desde que vi aquele homem. Os meus olhos estavam incrivelmente arregalados e as sobrancelhas visivelmente curvadas. Não pude esconder.
Cheguei a casa, e o meu pai disse-me logo que ia preparar o jantar, com um sorriso de orelha a orelha. Apenas me limitei a assentir subindo lentamente as escadas.
Cheguei ao meu quarto e sentei-me na cama, não retirando os meus olhos do chão de madeira clara do meu quarto. Descalcei-me, um pouco ofegante e sem forças, e deitei-me na diagonal, olhando agora para o meu candeeiro que projectava uma brilhante luz que se interceptava nos seus diferentes recortes criando desenhos luminosos no tecto. Cavalos, borboletas, flores… Formas variadas e bonitas… E claro, infantis. Precisava mesmo de arrumar o meu quarto. Retirar os brinquedos com que brincava quando era pequena que estavam espalhados aqui e ali: Bonecas, casinhas de brincar, jogos e peluches.
Pouco tempo depois, os meus pensamentos desvaneceram-se quando o meu pai me chamou para ver uma coisa na Televisão.
Desci as escadas e fui ter à sala ficando perplexa assim que olhei para a televisão. A Sarah estava num programa televisivo a ser entrevistada sobre “A sua vida como estudante normal”. Nem conseguia ouvir a quantidade de mentiras que ela disse.
“- Bem, Sarah Mello, imagino que tenha sido muito difícil deixar, temporariamente, a sua vida de Modelo Super Famosa de parte para começar uma nova vida como uma pessoa normal. Como se sente?
- Bem, por um lado sinto saudades da minha vida como Estrela, mas por outro gosto bastante de uma vida normal. Adoro os meus amados fãs que lá estudam, quer dizer… Colegas.
- Foi bem recebida pelos seus… huh… colegas?
- Sim. Claro! São amáveis e eles tratam-me bastante bem… tal como eu me mostro solidária e prestável para com eles! Estou sempre disposta a ajudá-los e integrar-me nos imensos clubes da escola, para ser o mais normal possível…
- Há duas semanas, saiu um artigo no jornal que relatava uma suposta relação amorosa entre si e o Capitão da Equita Tricampeã de Rugby: Os Lamas. Isso é verdade? E foi esse o motivo que a levou a ausentar-se da Escola?”
A Sarah tossicou, provavelmente para pensar numa resposta.
“- Bem… eu e o Jake amamo-nos muito! Temos uma género de telepatia, percebe? Desde o primeiro momento que nos vimos que ele não retirou o olhar de mim… Talvez porque sempre me mostro prestável para com todos os meus colegas, principalmente os que têm dificuldades de integração…
- E os seus pais? Como reagiram ao facto de querer ser uma rapariga normal?
- Bem, os meus pais sempre me apoiaram, seja em que decisão for. Desde pequena que recebo bastante carinho e apoio deles. Já para não falar da infância de sonho que tive… rodeada de amigas que vinham a minha casa conviver comigo.
- Bem, vamos para um curto intervalo, e voltaremos em breves instantes para desvendar mais da vida secreta da Modelo Super Famosa… Sarah Mello!”
Desliguei de imediato a televisão, saturada de ouvir aquelas barbaridades. Como é que a Sarah chegou a este ponto de futilidade? Como é que alguém vem para a Televisão falar da sua “Infância de Sonho”? Fiquei indignadíssima com a quantidade de mentiras que todo o mundo ouviu naquele momento. Mas afinal de contas… a Sarah está só s ser… a Sarah…
Gostei muito!
Ai a Sarah e mesmo tonta =D
mas ate fica bem bonita sem óculos
Só não percebi uma coisa...
Ela já não e modelo?
Adorei e concordo com o Lis!
Mesmo assim so fico com mais pena da Melody.
5 ESTRELAS
Gostei mesmo muito!
Essa Sarah... HAAAA!
Que nervos!!!
Quero mais!
Está perfeitíssimo! =)
Muito obrigado a todos!
Mrlis - Ela FINGIU largar a sua vida de estrela para mostrar que é uma "menina bonita" a "ajudar" os seus colegas. Mas é óbvio que a Sarah não veio para a Escola para ajudar! HAHAHA... veio mais para... brilhar. Mas nao pôde dizer isso na TV claro -.-
Muito obrigado a todos mais uma vez!
Sim Sarah, és muito solidária, prestável... Tanto que até mete nojo!
E outra coisa... Reparei que a Melody e o homem misterioso têm olhos da mesma cor, a mesma cor do cabelo... Será que há alguma ligação? Tipo algum primo... xD Esquece, já estou a imaginar coisas...
Deg deg
HAHAHA... não sei mmoedinhas... temos de esperar para saber a resposta! xDD Obrigadooo!!!