Capítulo 40
Quando saí da sala de Professores, deparei-me logo com uma multidão a cercar a Sarah e a Cassandra e no meio da mesma, surgiu o Jake, a espremer-se por entre os milhentos alunos que lhe davam cotoveladas incansavelmente. Olhava-me insistentemente, e eu percebi que queria falar comigo. Com muita tensão à mistura, conseguiu alcançar-me. A esfregar o cotovelo, provavelmente por consequência de uma cotovelada mais violenta, disse-me:
-Não suporto esta confusão! Estava à tua procura para te dizer que não há mais aulas hoje. Parece que o Professor apanhou uma pneumonia...
- A serio? - A minha boca abriu-se num sorriso - Coitado é dele, não é?
- Confessa lá: davas tudo para hoje não teres mais aulas, não é? - Retorquiu o Jake, com um sorriso maroto.
- Lá isso tens razão… - respondi, divertida.
- Vou para o campo de rugby. Queres vir?
Aceitei o seu convite e furámos caminho por entre a multidão densa que rodeava a Sarah e a Cassandra. Quando eu e a Cassandra nos vimos fora do pavilhão, observei curiosamente uns Amores-Perfeitos cor-de-laranja. Eram-me estranhamente familiares. Só segundos depois é que me apercebi que tinham sido essas flores que eu e a Cassandra, no 7º ano, usáramos para fazer uma grinalda na aula de Educação Visual. Ia haver um teatro na escola e a nossa turma estava encarregue de tratar dos adereços. E nós as duas agarrámos logo na tarefa mais feminina que havia, já que em costura ninguém era propriamente bom.
O Jake veio interromper os meus pensamentos, tocando no preciso assunto em que eu matutava:
- Continuo sem perceber como a Cassandra mudou tanto! - Ele passara a chama-la de Cassandra, tal como eu.
- Podes crer... às vezes não consigo acreditar que ela se esqueceu da amizade que tínhamos. Eu nunca vou esquecer, mesmo depois do balde de água fria que levei ontem quando a repórter lhe perguntou aquilo...
Avançamos o passo, saindo do recinto da Escola, tomando caminho para o Campo de Rugby.
- Não fiques assim, Mel. Tenho a certeza que ela só disse isso por causa da Sarah...
Suspirei discretamente e pensei no que o meu pai dissera: tinha de a esquecer. Ela estava demasiado empenhada em ser a melhor amiga da Sarah para se preocupar comigo. E eu não me podia prender a uma amizade que estava condenada por única e exclusiva vontade dela.
- Posso fazer-te uma pergunta? – Indagou o Jake, com receio que eu negasse.
- Claro - Respondi, curiosa.
- Bem... a tua mãe, ela... trabalha?
Apercebi-me pelo seu tom de voz que não era exactamente isso o que ele queria perguntar e dei-lhe a resposta que ele pretendia ouvir.
- A minha mãe passa a vida em viagens de negócios... nos meus 18 anos nunca a vi na vida. Para mim, é uma perfeita desconhecida, que eu vejo de relance nas molduras que tenho lá em casa.
Ele entreolhou-se com a minha resposta fria e disse, com ternura:
- Sei bem o que é estar longe de uma pessoa de quem gostamos. Estou sempre a queixar-me do meu irmão Thomas. Ele tem 12 anos e passa a vida a chatear-me para o ajudar a construir a maior pirâmide de cartas de sempre e o maior circuito para os carros telecomandados dele, e eu não só não vou, como ainda digo aos meus pais que estou a estudar e que ele me está a incomodar. Mas no Verão passado, ele foi para uma colónia de férias desde Junho até Agosto. Foi tão difícil estar longe dele... nem imaginas. Sentia falta até das partidas estúpidas dele, do género de trocar o meu gel de banho por detergente para lavar a loiça ou colocar dentro da bisnaga da pasta de dentes Mostarda, sabendo que eu definitivamente odeio mostarda.
- Imagino... ainda assim, adorava ter um irmão. Gostava de poder desabafar sobre a minha mãe com ele. O meu pai fica incomodado quando falo nela. Às vezes até parece que me esconde alguma coisa...
- É normal, Mel, também lhe deve custar não a ver há 18 anos.
- Pois... - disse, lunaticamente. - Eu queria ver a minha mãe mais por curiosidade. Afinal, não se pode sentir falta de uma pessoa que nem sequer conhecemos. Às vezes até chego a pensar que a minha mãe nos abandonou… a mim e ao meu pai.
O Jake sorriu sem mostrar os dentes e apoiou o pé esquerdo no banco para atar os atacadores dos ténis de marca. Eu olhei em meu redor. O Sol reluzente no céu batia-me na cara, aquecendo-a. Estávamos a escassos metros de distância do jardim que ladeava a igreja. Avistei-a ao longe, com o mármore amarelado a brilhar ao Sol. Era um jardim muito diferente dos que eu já vira. O estilo medieval dos bancos, as árvores de baixo porte e os imensos arbustos que por ali se viam tornavam a atmosfera interessante. Parecia um cenário de um conto de fadas. Ali, respirava-se ar puro. Instintivamente, avancei alguns passos, até chegar lá, e recolhi algumas orquídeas inspirando o seu cheiro. Nem queria acreditar que não tinha mais aulas naquele dia. Sentia que a minha sorte, naquele dia, era irreal… Descemos umas escadas acompanhadas de uma velha parede repleta de Graffitis e fomos dar ao campo, onde o Jake entrou com um sorriso da salientar-se na sua cara.
Ele respirou fundo, fazendo-me respirar fundo também.
Calcorreou parte do Campo, olhando para as bancadas, dizendo com um brilho nos olhos que se notava de longe.
- Não imaginas as saudades que eu tenho de ver estas bancadas cheias de Adeptos a gritar e a dar forças à minha equipa. E claro, de contemplar as Claques…
- Eu logo vi que não tinhas apenas saudades dos Adeptos. – Disse eu, sorrindo ligeiramente e sentando-me no relvado húmido e fresco. – Eu também gosto muito deste lugar. Transmite-me calma, embora, quando esteja lotado de gente, transmita tudo menos calma.
O Jake riu-se enquanto pousava a sua mochila num banco que, aparentemente, era onde os jogadores suplentes se sentavam. De dentro da mala, tirou a sua bola de Rugby, atirando-a ao ar e apanhando-a inúmeras vezes.
- Anda jogar comigo! – Exclamou.
- O quê?
- Sim! Vou ensinar-te a jogar…
- Não! É que nem pensar nisso! Eu odeio desporto e…
- Não há desculpas… vá, anda daí.
Percebendo que já não o podia convencer a deixar-me estar sentada num completo relaxo, decidi levantar-me hesitantemente. O Jake passou-me rapidamente a Bola de Rugby, pelo que eu dei um pequeno grito com o susto.
- Bem… vai ser um longo caminho, pelos vistos. Uma coisa que tu tens de ter em mente. – Dizia ele enquanto apanhava a bola caída no chão. – É que a Bola… Não te come!
- Muito engraçadinho… passa para cá a bola.
E dito aquilo, avancei num passo determinado, embora trémulo, para o centro do campo, pelo que o Jake ficou com uma expressão preocupada e ao mesmo tempo sorridente. Avançou para o pé de mim, e, lentamente, disse:
- Fizeste mal em ter avançado para aqui…
- Porquê?
- É por esta hora que os Jardineiros ligam os regadores do relvado!
Com os olhos arregalados, mandei, inconscientemente, a bola para o chão e desatei a correr, pelo extenso campo, até à entrada.
- É escusado… eles já ligaram!
E dito aquilo, os Regadores dispararam subitamente, soltando faíscas geladas de água para todo o campo.
Estava aterrorizada, divertida e molhada. Um misto de sensações que os regadores me proporcionaram. O Jake correu até mim, rindo-se de tal divertimento, e agarrou-me, impedindo-me de sair do campo.
- Não vais a lado nenhum! Anda!
Agarrou-me o braço, fazendo-me rodopiar ligeiramente. Pela primeira vez naquelas últimas semanas, senti-me realmente feliz e divertida, embora que surpreendida, por um pequeno incidente que aconteceu.
O Jake começou a agarrar-me o tronco, olhando-me nos olhos com o sorriso a desaparecer como se estivesse concentrado em algo. Com os seus olhos rasgados, azuis, passou a sua mão molhada pela minha cara, dizendo:
- Já estou a satisfazer a vontade de estar perto de ti… Acho que hoje já não vai ser preciso escrever nenhuma carta.
- Huh… o quê? – Indaguei surpreendida.
- Agora, posso dizer-te o que sinto… sem palavras… sem escrever…
Com isto, aproximou-se cada vez mais de mim, fechando os seus olhos progressivamente. O meu coração disparou naquele momento, fazendo-me estremecer um pouco.
Os seus lábios aproximaram-se cada vez mais dos meus, acariciando-me a cara levemente. Até que se tocaram. Os seus lábios tocaram nos meus. Todos os meus problemas, preocupações, angústias e inúmeras coisas que me atordoavam a cabeça, desvaneceram-se no meio daquela atmosfera húmida. Não me mexi, não me atrevi a abrir os olhos com medo de me arrepender de estar ali, apenas permaneci imóvel, sentindo a sua T-Shirt completamente alagada encostar-se ao meu corpo. Nenhum som de ouvia, apenas o da nossa respiração, recordando-me que não estava ninguém naquele campo, apenas eu e o Jake, no meio daqueles regadores que disparavam faíscas de água frenética e incansavelmente.
Quando finalmente abri os olhos lentamente, apenas consegui visualizar a sua cara a afastar-se progressivamente da minha, respirando fundo com um ligeiro sorriso.
Lembrando-me do que ele disse antes… daquilo acontecer, perguntei, seriamente.
- Então sempre foste tu! Foste tu que me escreveste as cartas a computador que tanto me fizeram remoer os pensamentos, foste tu que as dobraste tão perfeitamente que quase me levou ao desespero, foste tu que me puseste as cartas na mochila sem eu dar por nada! Porquê?
- Porque te amo, Melody! No início do ano notei logo que tu eras diferente, por seres a única rapariga que não se ria histericamente e segredava com as amigas assim que me via! Sempre te admirei! O que eu sinto por ti, é inexplicável… Melody… eu preciso de saber o que tu sentes por mim! Diz-me! Tu sentes o mesmo por mim?
-Não suporto esta confusão! Estava à tua procura para te dizer que não há mais aulas hoje. Parece que o Professor apanhou uma pneumonia...
- A serio? - A minha boca abriu-se num sorriso - Coitado é dele, não é?
- Confessa lá: davas tudo para hoje não teres mais aulas, não é? - Retorquiu o Jake, com um sorriso maroto.
- Lá isso tens razão… - respondi, divertida.
- Vou para o campo de rugby. Queres vir?
Aceitei o seu convite e furámos caminho por entre a multidão densa que rodeava a Sarah e a Cassandra. Quando eu e a Cassandra nos vimos fora do pavilhão, observei curiosamente uns Amores-Perfeitos cor-de-laranja. Eram-me estranhamente familiares. Só segundos depois é que me apercebi que tinham sido essas flores que eu e a Cassandra, no 7º ano, usáramos para fazer uma grinalda na aula de Educação Visual. Ia haver um teatro na escola e a nossa turma estava encarregue de tratar dos adereços. E nós as duas agarrámos logo na tarefa mais feminina que havia, já que em costura ninguém era propriamente bom.
O Jake veio interromper os meus pensamentos, tocando no preciso assunto em que eu matutava:
- Continuo sem perceber como a Cassandra mudou tanto! - Ele passara a chama-la de Cassandra, tal como eu.
- Podes crer... às vezes não consigo acreditar que ela se esqueceu da amizade que tínhamos. Eu nunca vou esquecer, mesmo depois do balde de água fria que levei ontem quando a repórter lhe perguntou aquilo...
Avançamos o passo, saindo do recinto da Escola, tomando caminho para o Campo de Rugby.
- Não fiques assim, Mel. Tenho a certeza que ela só disse isso por causa da Sarah...
Suspirei discretamente e pensei no que o meu pai dissera: tinha de a esquecer. Ela estava demasiado empenhada em ser a melhor amiga da Sarah para se preocupar comigo. E eu não me podia prender a uma amizade que estava condenada por única e exclusiva vontade dela.
- Posso fazer-te uma pergunta? – Indagou o Jake, com receio que eu negasse.
- Claro - Respondi, curiosa.
- Bem... a tua mãe, ela... trabalha?
Apercebi-me pelo seu tom de voz que não era exactamente isso o que ele queria perguntar e dei-lhe a resposta que ele pretendia ouvir.
- A minha mãe passa a vida em viagens de negócios... nos meus 18 anos nunca a vi na vida. Para mim, é uma perfeita desconhecida, que eu vejo de relance nas molduras que tenho lá em casa.
Ele entreolhou-se com a minha resposta fria e disse, com ternura:
- Sei bem o que é estar longe de uma pessoa de quem gostamos. Estou sempre a queixar-me do meu irmão Thomas. Ele tem 12 anos e passa a vida a chatear-me para o ajudar a construir a maior pirâmide de cartas de sempre e o maior circuito para os carros telecomandados dele, e eu não só não vou, como ainda digo aos meus pais que estou a estudar e que ele me está a incomodar. Mas no Verão passado, ele foi para uma colónia de férias desde Junho até Agosto. Foi tão difícil estar longe dele... nem imaginas. Sentia falta até das partidas estúpidas dele, do género de trocar o meu gel de banho por detergente para lavar a loiça ou colocar dentro da bisnaga da pasta de dentes Mostarda, sabendo que eu definitivamente odeio mostarda.
- Imagino... ainda assim, adorava ter um irmão. Gostava de poder desabafar sobre a minha mãe com ele. O meu pai fica incomodado quando falo nela. Às vezes até parece que me esconde alguma coisa...
- É normal, Mel, também lhe deve custar não a ver há 18 anos.
- Pois... - disse, lunaticamente. - Eu queria ver a minha mãe mais por curiosidade. Afinal, não se pode sentir falta de uma pessoa que nem sequer conhecemos. Às vezes até chego a pensar que a minha mãe nos abandonou… a mim e ao meu pai.
O Jake sorriu sem mostrar os dentes e apoiou o pé esquerdo no banco para atar os atacadores dos ténis de marca. Eu olhei em meu redor. O Sol reluzente no céu batia-me na cara, aquecendo-a. Estávamos a escassos metros de distância do jardim que ladeava a igreja. Avistei-a ao longe, com o mármore amarelado a brilhar ao Sol. Era um jardim muito diferente dos que eu já vira. O estilo medieval dos bancos, as árvores de baixo porte e os imensos arbustos que por ali se viam tornavam a atmosfera interessante. Parecia um cenário de um conto de fadas. Ali, respirava-se ar puro. Instintivamente, avancei alguns passos, até chegar lá, e recolhi algumas orquídeas inspirando o seu cheiro. Nem queria acreditar que não tinha mais aulas naquele dia. Sentia que a minha sorte, naquele dia, era irreal… Descemos umas escadas acompanhadas de uma velha parede repleta de Graffitis e fomos dar ao campo, onde o Jake entrou com um sorriso da salientar-se na sua cara.
Ele respirou fundo, fazendo-me respirar fundo também.
Calcorreou parte do Campo, olhando para as bancadas, dizendo com um brilho nos olhos que se notava de longe.
- Não imaginas as saudades que eu tenho de ver estas bancadas cheias de Adeptos a gritar e a dar forças à minha equipa. E claro, de contemplar as Claques…
- Eu logo vi que não tinhas apenas saudades dos Adeptos. – Disse eu, sorrindo ligeiramente e sentando-me no relvado húmido e fresco. – Eu também gosto muito deste lugar. Transmite-me calma, embora, quando esteja lotado de gente, transmita tudo menos calma.
O Jake riu-se enquanto pousava a sua mochila num banco que, aparentemente, era onde os jogadores suplentes se sentavam. De dentro da mala, tirou a sua bola de Rugby, atirando-a ao ar e apanhando-a inúmeras vezes.
- Anda jogar comigo! – Exclamou.
- O quê?
- Sim! Vou ensinar-te a jogar…
- Não! É que nem pensar nisso! Eu odeio desporto e…
- Não há desculpas… vá, anda daí.
Percebendo que já não o podia convencer a deixar-me estar sentada num completo relaxo, decidi levantar-me hesitantemente. O Jake passou-me rapidamente a Bola de Rugby, pelo que eu dei um pequeno grito com o susto.
- Bem… vai ser um longo caminho, pelos vistos. Uma coisa que tu tens de ter em mente. – Dizia ele enquanto apanhava a bola caída no chão. – É que a Bola… Não te come!
- Muito engraçadinho… passa para cá a bola.
E dito aquilo, avancei num passo determinado, embora trémulo, para o centro do campo, pelo que o Jake ficou com uma expressão preocupada e ao mesmo tempo sorridente. Avançou para o pé de mim, e, lentamente, disse:
- Fizeste mal em ter avançado para aqui…
- Porquê?
- É por esta hora que os Jardineiros ligam os regadores do relvado!
Com os olhos arregalados, mandei, inconscientemente, a bola para o chão e desatei a correr, pelo extenso campo, até à entrada.
- É escusado… eles já ligaram!
E dito aquilo, os Regadores dispararam subitamente, soltando faíscas geladas de água para todo o campo.
Estava aterrorizada, divertida e molhada. Um misto de sensações que os regadores me proporcionaram. O Jake correu até mim, rindo-se de tal divertimento, e agarrou-me, impedindo-me de sair do campo.
- Não vais a lado nenhum! Anda!
Agarrou-me o braço, fazendo-me rodopiar ligeiramente. Pela primeira vez naquelas últimas semanas, senti-me realmente feliz e divertida, embora que surpreendida, por um pequeno incidente que aconteceu.
O Jake começou a agarrar-me o tronco, olhando-me nos olhos com o sorriso a desaparecer como se estivesse concentrado em algo. Com os seus olhos rasgados, azuis, passou a sua mão molhada pela minha cara, dizendo:
- Já estou a satisfazer a vontade de estar perto de ti… Acho que hoje já não vai ser preciso escrever nenhuma carta.
- Huh… o quê? – Indaguei surpreendida.
- Agora, posso dizer-te o que sinto… sem palavras… sem escrever…
Com isto, aproximou-se cada vez mais de mim, fechando os seus olhos progressivamente. O meu coração disparou naquele momento, fazendo-me estremecer um pouco.
Os seus lábios aproximaram-se cada vez mais dos meus, acariciando-me a cara levemente. Até que se tocaram. Os seus lábios tocaram nos meus. Todos os meus problemas, preocupações, angústias e inúmeras coisas que me atordoavam a cabeça, desvaneceram-se no meio daquela atmosfera húmida. Não me mexi, não me atrevi a abrir os olhos com medo de me arrepender de estar ali, apenas permaneci imóvel, sentindo a sua T-Shirt completamente alagada encostar-se ao meu corpo. Nenhum som de ouvia, apenas o da nossa respiração, recordando-me que não estava ninguém naquele campo, apenas eu e o Jake, no meio daqueles regadores que disparavam faíscas de água frenética e incansavelmente.
Quando finalmente abri os olhos lentamente, apenas consegui visualizar a sua cara a afastar-se progressivamente da minha, respirando fundo com um ligeiro sorriso.
Lembrando-me do que ele disse antes… daquilo acontecer, perguntei, seriamente.
- Então sempre foste tu! Foste tu que me escreveste as cartas a computador que tanto me fizeram remoer os pensamentos, foste tu que as dobraste tão perfeitamente que quase me levou ao desespero, foste tu que me puseste as cartas na mochila sem eu dar por nada! Porquê?
- Porque te amo, Melody! No início do ano notei logo que tu eras diferente, por seres a única rapariga que não se ria histericamente e segredava com as amigas assim que me via! Sempre te admirei! O que eu sinto por ti, é inexplicável… Melody… eu preciso de saber o que tu sentes por mim! Diz-me! Tu sentes o mesmo por mim?
Uau!
Isto e que e amor xD
O que será que ela vai responder...
E agora a Mel diz: SIIIIIIIIIIM!
É, não é?
Tem que ser!!
Capítulo óptimo!!
AMEI! ADOREI! ESPECTACULAR! AMAZING! MARVELOUS!
Já percebeste, não? =D
Continua assim!
simplesmente não vou dizer nada! pk ja sabes qeu adorei!! mesmo! espero para ver como vai ser da "maneira de ela olhar para ele".
PARABÉNS!
JÁ TENS UMA PARTELEIRA CHEIA DE OSCARES!!
Adorei meeeeeesmo! :O
Nao tenho comentado mas li todos os episodios, senti qualquer coisa diferente quando comecer a ler a parte que começa em 'É por esta hora que os jardineiros ligam os regadores do relvado!'
Nao sei explicar, foi muito bom! ;D
Eu a ler a parte dos amores perfeitos já estava a pensar: pronto é neste episódio que se vão beijar, e tal e tal...
Então afinal os meus palpites tavam errados!!!!!!! Eu não acredito! A tua história é das poucas que eu não consigo prever!!!!!! Argggggg isso irrita-me... Derrotaste-me *asteando bandeira branca* Não era o Dave que mandava mas sim o Jake...
Mas antes do que aconteveu: Melody como te compreendo, vida de filha unica nao é facil...
Eu tou toda trocada com este capitulo, de certeza que daqui vai sair um hiper coment, mas olha PACIENCIA!
Pronto, para não ficar muito grande só queria acrescentar que a cena dos aspersores foi tãooooooo romantica!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Tão querido ^^ Simplesmente ADOREI!
Tens imenso jeito sim senhor ;)
ESPERO POR MAIS!!!!!!!!!!!!!!!!
P.S: se pensas que isto é um hiper comentário, entao vai ver outros que eu ja fiz tambem... xD 60 linhas é o meu recorde xD